Misturança
Brincando com a literatura e, quando possível, com tudo que tenha a ver com arte.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2014
A metamorfose de Baleia
Tinha
acabado de abocanhar uma barata que falhou em passar correndo pela
cozinha. Enfiou seus dentes afiados na casca grossa conseguindo
furá-la. Que gosto horrível!, mas era a coisa mais parecida com
comida que via em dias. Mastigou penosamente aquela amargura crocante
e engoliu de uma vez. O pobre estômago reclamou um pouco já que se acostumara a ser preenchido pelo vento. Deitou a cabeça nas patas
dianteiras e tentou dormir um pouco, mas um barulho no estômago não
permitia. De barulho passou a uma sensação estranha, que logo
tornou-se uma dor nunca antes sentida pela pobre criatura. Fechou os
olhos e a dor misturou-se com uma tontura nauseante enquanto, ainda
com os olhos fechados, via uma explosão de luzes, cores, um som
ensurdecedor e, de repente, silêncio. Alguma coisa muito estranha
havia acontecido. Sentia-se muito maior do que o habitual, o olfato e
a visão tornaram-se aterradoramente inusitados. Sentia falta do rabo
e os pêlos estavam escassos, finos. Levou as mãos (ou seriam as
patas?) à lateral do corpo onde alguma coisa fazia um volume
incômodo. Colocou a mão num dos bolsos (onde estava o volume) e
tirou uma carteira. Abriu-a e tirou o documento de alguém chamado:
Gregor Samsa. Não estava entendendo o que aquilo significava. Será
que Fabiano esperava por ele fora daquele quarto?
A metamorfose - Franz Kafka
Vidas Secas - Graciliano Ramos
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