Misturança

Brincando com a literatura e, quando possível, com tudo que tenha a ver com arte.
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domingo, 11 de janeiro de 2015

Desabafo no exílio

Minha terra tem mais homens
Que vivem a cortejar
Minha querida esposa que resiste
Bravamente até eu chegar

Tempestades, redemoinhos e naufrágios sofrerei
Por Calipso, Polifemo e Circe hei de passar
Do canto da sereia e do monstro Cila vítima serei
Para finalmente a minha terra retornar

Minha terra tem marmanjos
Que com flechas vou furar
Até de mendigo me disfarcei
Para ninguém desconfiar

Não permita, Atena, que eu morra
Sem que antes eu chegue lá
E acabe com a festa desses canalhas
Que todo o meu poder querem tomar!


Odisseia - Homero
Primeiros cantos - Gonçalves Dias

1 comentários:

Anônimo disse...

E confiante nessa jornada ei de prosperar
Então me guia pois Artemis que não ouso cortejar
Nessa brisa perene eu não me atrevo a contestar
Palavras tão solenes vem de mim o imaginar

Eis pois tão fácil rimar, com palavras tão próximas
entre o céu e o mar, é só jogar sem medo, observar o lampejo
de quem pudera sonhar, é como o espanto no encanto, que chora em prantos quando não consegue alinhar, se limita a profetizar aquilo que há de chegar, entre um contexto ou outro se tenha prosperar nessa rima louca para quem não sabe cantar, segue solto, disposto nesse enrosco louco afim de aninhar em um conforto absorto, chamar para o contexto suposto algo que venha a calhar no fim alego, não sei se sei rimar, apenas me deixo divagar.